quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Inspira. Expira. Não Dá!

Verdade seja dita: escrever nunca foi o meu forte. Sempre quis colocar no papel tudo que eu pensava, mas, o tempo foi passando e eu acabei por nunca por em prática aquilo que eu queria. Um dia, porém, me veio a idéia do blog. E por que não fazer um blog só pra mim?

Não tenho obrigação de transmitir as pessoas os meus pensamentos nem de tentar convencê-las de qualquer coisa que penso. Fiquem à vontade para nomear essa atitude da forma que quiserem. Meus pensamentos, entendimentos e opinião não são verdades absolutas e incontestáveis, são apenas meus. Se realizando ou não, sendo verdade ou não, as conseqüências recaem sobre mim, e a responsabilidade por tê-los também me pertencem, e a mais ninguém.

Estive a ler alguns blogs e pasmo quando me deparo com alguém que está desesperado para divulgar o seu blog, diga-se de passagem, com conteúdo exclusivamente pessoal. Meu Deus! Não é proibida a visitação ao meu blog, sejam bem-vindos e fiquem mais uma vez à vontade (digo para aquelas pessoas que conseguirem me achar pelos sites de busca afora, pois não divulgo meu site nem para amigos).

Vejo o meu ato de escrever como mero desespero de colocar pra fora tudo o que me angustia. Numa comparação meio esdrúxula, sou aquela mulher que acabou de fazer um sexo sujo e está se desfazendo das roupas num claro sinal de repúdio. Assim sou eu: querendo gritar, mas gritando sempre pra dentro. Ele sempre ecoa.

Sento e observo. Nesse momento começa, ao mesmo tempo, trilhões de diálogos dentro de mim. Todos gritam, xingam, acalmam, cantam, oram, falam, se expõem, choram, machucam... me fazem quem sou. Tenho de lidar com o Hulk que tenho na alma: a calma em excesso.

Para a vida eu sempre sorriu, cabe a ela descobrir se é um sorriso de agradecimento ou de ameaça. A observação do mundo também é um presente. Pessoas indo e vindo. Pessoas dedicadas ao dinheiro, outras aos outros. Grandes pessoas e pessoas medíocres. Todos (nós) efêmeros, limitados, com capacidade intelectual tolhida.

Tento sinceramente fazer a minha parte. Não estou falando sobre escrever. Quando falo que somos capazes de mudar nossa realidade, acredito no meu ideal. Estudo pra isso, estou me preparando pra isso e, se Deus permitir, vou conseguir. Não pensem vocês que fico apenas aqui atrás do computador, tentando escrever coisas bonitinhas, juntar um punhado de pessoas que se identificam com o meu sentimentalismo mórbido e pronto, fiz a minha parte, pois, o que faço (ou tento fazer) vai além.

O que devemos fazer é sair do campo das palavras e agir. Devemos agir! Com isso, de brinde, podemos até ganhar um propósito na e para a vida.

O que eu sei é: sentando esperando a morte eu não fico.

Agir.

“Existem livros e histórias sobre vitórias e derrotas, mas nunca sobre o ócio”

Volta aqui, volta pro mundo, por que, dai, onde você está agora, nada se pode fazer.

E o texto vai com excesso de palavras iguais mesmo!

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